"Não exactamente estas, mas há um par de anos "previ" a ascensão meteórica de um par de jogadores de então tenra idade - Djokovic, Cilic e Del Potro - e falhei redondamente na de outros - Fognini, Donald Young e Kei Nishikori."
Dos falhanços rotundos, o Fognini que, no início de 2010, era o nº 54 do mundo conseguiu confirmar-se como um vulgaríssimo jovem jogador de top 100 e baixar para ao 55º lugar do ranking ATP. O máximo que conseguiu fazer no ano passado foi perder em cinco dignos sets contra o Monfils e o Verdasco, em Roland Garros e Wimbledon, respectivamente. A manutenção do no top 100 foi feita à custa da vitória num sem número de challengers (torneios de menor dimensão) tendo ainda conseguido averbar embaraçosas derrotas contra profissionais do ténis que não se encontram abaixo do top 400.
O Donald Young, ex-número um júnior, estava na altura na posição 250 e entrava em 2010 com o objectivo de recuperar a sua posição de jogador de top 100 e, a partir daí, começar a bater-se nos torneios mais importantes do circuito. No espaço de um ano não conseguiu afirmar-se tendo apenas recuperado até à 128ª posição e sem resultados dignos de registo. Presença assídua em qualifyings, poucas vezes o vimos em lugar de destaque nos quadros principais.
Kei Nishikori havia sido, em 2009, juntamente com Juan Martin Del Potro, uma das grandes revelações da segunda metade da época. Passou de praticamente anónimo a vencedor de um ou dois torneios importantes batendo alguns tenistas do top 20. Acabaria o ano como o mais novo jogador no top 100.
A recuperar de uma lesão, no início de 2010 partia da 641ª posição para recuperar o seu lugar às portas do top 50. Apesar de não o ter conseguido, acabou 2010 como número 98º do mundo tendo vencido alguns torneios e iniciado o ano de 2011 com uma vitória sobre Marin Cilic no torneio de Chennai, na Índia. Teve algumas boas presenças, ainda que pouco afortunadas no que ao sorteio concerne, em Grand Slams tendo sido eliminado em Roland Garros por Novak Djokovic, por Rafael Nadal em Wimbledon e tendo eliminado o mesmo Marin Cilic no US Open, abandonando depois por lesão. Entretanto acaba de ser eliminado em 3 sets por Fernando Verdasco do Australia Open mas deixa óptimas referências para este ano.
A recuperar de uma lesão, no início de 2010 partia da 641ª posição para recuperar o seu lugar às portas do top 50. Apesar de não o ter conseguido, acabou 2010 como número 98º do mundo tendo vencido alguns torneios e iniciado o ano de 2011 com uma vitória sobre Marin Cilic no torneio de Chennai, na Índia. Teve algumas boas presenças, ainda que pouco afortunadas no que ao sorteio concerne, em Grand Slams tendo sido eliminado em Roland Garros por Novak Djokovic, por Rafael Nadal em Wimbledon e tendo eliminado o mesmo Marin Cilic no US Open, abandonando depois por lesão. Entretanto acaba de ser eliminado em 3 sets por Fernando Verdasco do Australia Open mas deixa óptimas referências para este ano.
"Outros, promissores, continuam na ténue linha que separa os "bons" jogadores dos "grandes jogadores": os casos típicos dos que dificilmente se mantém no top 20 como Sam Querrey ou Thomas Berdych."
De Tomas Berdych, checo, desde muito jovem no top 20, sempre se disse que tinha o ténis mas não a consistência suficiente para ser um jogador de top 10 e para se bater regularmente com os melhores tenistas mundiais. O ano de 2010, foi, no mínimo, a confirmação de como as pequenas melhorias na consistência emocional do seu jogo se podem reflectir na classificação mundial. Uma presença na final do torneio de Wimbledon e uma boa participação em torneios ao longo de todo ano (com algumas intermitências, é certo) levam-no a iniciar o ano de 2011 como número 6 mundial.
Já Sam Querrey, apesar de ter ascendido da 25ª à 18ª posição (o que não é uma subida muito acentuada), venceu alguns importantes torneios ao longo da época mostrando-se um jogador muito forte quando psicologicamente equilibrado. Ao factor psicológico podemos ir buscar o exemplo de um dos torneios de terra do ano em que Querrey se mostrava "aliviado" por acabar de ser eliminado por não se encontrar com grande vontade em jogar ténis. Foi um dos jogadores que mais torneios ganhou este ano: quatro.
Já Sam Querrey, apesar de ter ascendido da 25ª à 18ª posição (o que não é uma subida muito acentuada), venceu alguns importantes torneios ao longo da época mostrando-se um jogador muito forte quando psicologicamente equilibrado. Ao factor psicológico podemos ir buscar o exemplo de um dos torneios de terra do ano em que Querrey se mostrava "aliviado" por acabar de ser eliminado por não se encontrar com grande vontade em jogar ténis. Foi um dos jogadores que mais torneios ganhou este ano: quatro.
"Deriva disso a minha generosidade de início de ano que adianta desde já os "próximos del potros" das novas gerações. Os nomes a reter para o biénio 2010/11 são o lituano Berankis, o búlgaro Dimitrov, o norte-americano Ryan Harrison e o australiano Bernard Tomic. Estes são, muito sucintamente, e sem rodeios de qualquer tipo, os nomes que vos devem fazer pegar em caneta e papel, apontar todos os dados biográficos, seguir todos os jogos, a carreira, o acompanhamento torneio-a-torneio, os pequenos almoços. Enfim, os nomes nos quais devem apostar para ganhar dinheiro nas casas de apostas."
Dos jogadores mais jovens, e que se calhar deviam ter sido tidos como as apostas para o biénio 2010/2011, a análise pode ser feita através da simples comparação entre a sua classificação no início e no fim do ano:
- Ricardas Berankis passou de top 300 e acabou em 87º. E vejam onde já vai neste Open da Austrália, 3ª ronda depois de eliminar David Nalbandian.
- Ricardas Berankis passou de top 300 e acabou em 87º. E vejam onde já vai neste Open da Austrália, 3ª ronda depois de eliminar David Nalbandian.
- Grigor Dimitrov estava no top 300 e subiu ao lugar 106.
- Ryan Harrison subiu do top 400 para 173º.
- Bernard Tomic era top 300 e, apesar de não ter subido muito além da entrada do top 200 (208º, para sermos mais precisos) está actualmente na 3ª ronda do Australia Open onde vai ter o teste mais difícil da sua curta carreira ao enfrentar Rafael Nadal, el número un del mundo.
"Outro que não é para o biénio mas é para os próximos meses é o "nosso irmão" Thomaz Bellucci que começou a subir no ranking a tempo de ter estado presente nos Jogos Olímpicos de Pequim e já é vigésimo tal. Tem 22 anos e parece que joga de mão esquerda. Vai longe o rapaz."
Thomaz Bellucci acabaria por dar apenas um pequeno salto na classificação mundial ascendendo de nº 36 para nº31 naquilo que parece ser uma estagnação para reorganização interna e adaptação às condições meteorológico-tenísticas da zona na qual pretende penetrar, ou seja, saltar o tão desejado fosso tenístico que separa os primeiros 5 do ranking ATP dos seguintes 30, e destes 30 dos restantes 70.
E assim se fez 2010; mais um ano desta pirâmide desportiva novamente encabeçada por quatro inequívocos nomes: Rafael Nadal, Roger Federer, Novak Djokovic e Andy Murray. Qualquer dia escrevo um post a explicar porque é que Robin Soderling não.
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