2011-01-24

Notas sobre estas Presidenciais #3

"As campanhas presidenciais portuguesas são sempre estranhas. Ou se fala do entendimento dos poderes presidenciais em termos vagos; ou se fala da história pessoal dos candidatos. Ou seja: ou é metafísica ou é não-gosto-deste-gajo. Isto, curiosamente, faz sentido. Para Presidente escolhemos quem saibas as duas coisas: interpretar e representar. Escolhemos uma interpretação da separação dos poderes e da república, ou seja, uma interpretação da Constituição.
 Foi a campanha esclarecedora? Sempre - para quem observar; para quem se informar. Para mim foi esclarecedor rever Cavaco. Para mim, Cavaco é um mau intérprete da democracia e da República com as suas desvalorizações da palavra e da diferença. E acho-o um símbolo da hipocrisia nacional, da sisudez travestida, do autoritarismo que eu não gostaria que nos representassem. Mas que se calhar representam, e eu democraticamente aceitarei.
 Mas até lá é isto: não gosto da metafísica de Cavaco, se é que a tem. E não sou fã do homem. Direitos de um eleitor como qualquer outro."

Rui Tavares no Público de 21 de Janeiro de 2011

E com isto, fica escrito por outros aquilo que eu penso sobre o assunto. Como se costuma dizer, cada um tem o que merece. I rest my case.

Um comentário:

Dinara Safina disse...

Se é assim que querem... Besuntem-se com ele!

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