© Raquel Porto
A imobilização do planeta e do fluxo temporal é um fenómeno unicamente detectável por observadores exteriores ao planeta.
As diferentes civilizações terrestres partilham desta ilusão temporal. Todos os terrestres observados, em colectivo ou individualmente, partilham a crença na continuidade do tempo — simbolizado pela metáfora universal de um rio sempre fluindo sem interrupção.
Nenhum dos momentos de interrupção do fluxo foi em nenhuma circunstância percepcionado por qualquer terrestre. É como se nesses momentos de imobilidade absoluta ficassem adormecidos num tempo interior para depois, como num encantamento, acordarem, sem se aperceberem que acordaram.
Não nos foi ainda possível determinar a actividade inconsciente dos humanos nesses intervalos de tempo (se é que ela existe).
A observação no local continua."
Escrito por Nuno Artur Silva, com fotografias de Raquel Porto
Ed. Cotovia, 2000
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