É quase meia noite e chego a casa satisfeito. Venho da Feira do Livro do Porto onde a hora h é o ponto alto do certame: todos os dias, entre as 22h às 23h, só falta os vários grupos editoriais pagarem para levarmos livros para casa. Neste período de tempo, livros com mais de 18 meses passam a ser vendidos ao público com descontos que rondam em média os 40%, 50% e 70% do preço de venda ao público. É, portanto, a altura ideal para perdermos a cabeça com aqueles últimos trocos que tínhamos lá em casa à espera de melhor uso.
A Feira do Livro do Porto tem o prodigioso talento de nos aumentar o stock caseiro de livros-que-na-altura-nos-apeteceram-mas-que-provavelmente-nunca-iremos-ler-na-vida. Casos como o dos dias em que nos apetece ler mais sobre história dos cristãos, muçulmanos, e judeus em Salónica, de 1430 a 1950; sobre história da mitologia grega ou introdução às teoricas económicas. Tudo coisas que um dia iremos ler enquanto pessoas interessantes e interessadas; dia esse que está sempre quase a chegar.
Como em todos os períodos de tempo definidos que consistem na aquisição de elementos de valor individual no sentido de reforçar o desempenho de um conjunto de unidades que funcionam entre si - a própria definição de conjunto - ( ver Mercado de Contratações de Inverno), também a Feira do Livro do Porto pode levar a aquisições desvairadas de última hora fruto do desequilíbrio emocional provocando pela falta de tempo para avaliar a compra (ver 80% do capítulo Contratações de Jogadores Brasileiros pelo Benfica no Mercado de Contratações de Inverno). É também um bocadinho como - e aqui também podia ter estabelecido esta comparação - aqueles últimos dias de Queima, em que a miúda que acorda ao nosso lado, surpreendentemente, não era tão gira como no dia anterior. As asneiras acontecem mas temos de viver com elas. Os erros são como cicatrizes que carregamos para o resto da vida e que nos ensinam a repetir o passado que invariavelmente iremos repetir.
Como em todos os períodos de tempo definidos que consistem na aquisição de elementos de valor individual no sentido de reforçar o desempenho de um conjunto de unidades que funcionam entre si - a própria definição de conjunto - ( ver Mercado de Contratações de Inverno), também a Feira do Livro do Porto pode levar a aquisições desvairadas de última hora fruto do desequilíbrio emocional provocando pela falta de tempo para avaliar a compra (ver 80% do capítulo Contratações de Jogadores Brasileiros pelo Benfica no Mercado de Contratações de Inverno). É também um bocadinho como - e aqui também podia ter estabelecido esta comparação - aqueles últimos dias de Queima, em que a miúda que acorda ao nosso lado, surpreendentemente, não era tão gira como no dia anterior. As asneiras acontecem mas temos de viver com elas. Os erros são como cicatrizes que carregamos para o resto da vida e que nos ensinam a repetir o passado que invariavelmente iremos repetir.
Se considerarmos que o volume de importação de livros cá para casa supera largamente o volume de leitura de outros tantos exemplares, podemos facilmente perceber que esta situação é como o défice das contas públicas: insustentável. Andamos, como é do conhecimento público, a comprar acima das nossas possibilidades - possibilidades de leitura na vida de uma pessoa que trabalhará, terá um mínimo de vida social e proporcionará, a si próprio, variados momentos de felicidade sentado a não fazer nada. Nomeadamente a trabalhar em coisas como:
...ver isto
...ou isto, em alta definição, enquanto se faz o sacríficio de beber uma carlsberg fresquinha (não há quem defenda os direitos dos trabalhadores)
Mas vamos ao essencial - e para que fique registado em sede própria - pela módica quantia de dezenas de euros em livralhada (mais de cinco, menos de seis) adquiriram-se:
- Correcções de Jonathan Franzen; (por menos de dez euros)
- Gente Independente de Halldór Laxness; (entra na categoria Islândia)
- Papéis Inesperados de Júlio Cortázar; (tinha de ser; já se sabe porquê. Nem que para ouvir um pouco mais sobre esse grande filósofo do quotidiano sob forma de gato, Teodoro W. Adorno)
- Água, Cão, Cavalo, Cabeça de Gonçalo M. Tavares; (pelas coisas que a vida nos foi ensinando)
- Um Tratado Sobre os Nossos Actuais Descontentamentos de Tony Judt; (recomendado à mesa, ao sabor do Douro e do Branco)
- O Marinheiro que Perdeu as Graças do Mar de Yukio Mishima; (ver seppuku)
- A Educação na Finlândia: segredos de um sucesso de Paul Robert; (para cumprir com o dever anual de financiamento da Afrontamento)
Ide, ide... Agradecem-me depois.
- Correcções de Jonathan Franzen; (por menos de dez euros)
- Gente Independente de Halldór Laxness; (entra na categoria Islândia)
- Papéis Inesperados de Júlio Cortázar; (tinha de ser; já se sabe porquê. Nem que para ouvir um pouco mais sobre esse grande filósofo do quotidiano sob forma de gato, Teodoro W. Adorno)
- Água, Cão, Cavalo, Cabeça de Gonçalo M. Tavares; (pelas coisas que a vida nos foi ensinando)
- Um Tratado Sobre os Nossos Actuais Descontentamentos de Tony Judt; (recomendado à mesa, ao sabor do Douro e do Branco)
- O Marinheiro que Perdeu as Graças do Mar de Yukio Mishima; (ver seppuku)
- A Educação na Finlândia: segredos de um sucesso de Paul Robert; (para cumprir com o dever anual de financiamento da Afrontamento)
Ide, ide... Agradecem-me depois.
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