A coisa mais acertada que li até agora sobre as eleições foi escrita pelo Daniel Oliveira no Arrastão:
"(...) Só que nestas eleições houve uma novidade: não há forma dos eleitores dizerem que foram enganados. Desta vez o voto contra quem está não podia ignorar o conteúdo do programa de quem vinha aí. Nunca um candidato a primeiro-ministro foi tão claro nos seus propósitos. (...) Ninguém poderá dizer que Passos prometeu uma coisa e fez outra. Não foi assim com Durão Barroso. Não foi assim com José Sócrates. Mas Passos, honra lhe seja feita, foi claro.
Claro que quando as pessoas forem afetadas diretamente por estas medidas se irão opor. Claro que se vão sentir enganadas. Claro que vão protestar. Claro que vão falar mal da classe política. Mas espero que não se esqueçam nunca que a democracia exige responsabilidade.
(...) o programa mais liberal da história da política nacional foi aprovado pelo povo. Vai doer. Mas dói com legitimidade democrática."
Era um bocadinho isto o que eu achava destas eleições. Fosse qual fosse o resultado, os caminhos à nossa disposição haviam sido colocados à nossa frente de uma forma clara como nunca antes. Por vezes, quando falamos no direito ao voto, esquecemo-nos de falar no voto enquanto dever e, nunca como nestas eleições, o voto foi um dever tão importante.
É portanto tempo de assumirmos a responsabilidade do nosso voto. O caminho? Fomos nós que o escolhemos.
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