2010-03-19

independente #2

E por falar em 'livrarias independentes com pinta', lembra-me agora uma que me apanhou enquanto tratava de me perder numa das diagonais da avenida que vai de Karaköy a Taksim, em Istanbul. Os livros colocados em jeito de mercearia, segundo a rigorosa ordem do caos. Onde deveriam estar maçãs estavam páginas e páginas de traduções; onde deveriam estar prospectos, os preços marcados à mão; no lugar de "espaços-perfeitamente-limpos-cuidadosamente-colocados-entre-livros", um gato que ressona. (e dos amarelos, meu deus, dos amarelos!)
Não quero acreditar que o clássico Akıl Çağı de Sartre tenha alguma coisa a ver com isso, mas livraria que é livraria, alfarrabista que é alfarrabista, tem o seu "gato que dorme" e este apareceu-se-me assim. No local onde normalmente estaria um O Símbolo Divino ou A Fúria Perdida. Em turco.

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