Lá vou eu ter de rever este filme para o achar alguma coisa de especial. Dos manos Coen já vi e gostei de No Country for Old Men (que não foi o filme do ano porque There Will Be Blood de Paul Thomas Anderson é um dos filmes da década); vi Big Lebowski no piso -1 do "espaço de dinâmicas culturais" Contagiarte, alguns segmentos em estado nada lúcido e segurado pelo empenho solidário de uma simpática parede de edifício); e vi a curta-metragem protagonizada por Steve Buscemi, na colecção de historietas à volta da capital francesa, em Paris Je T'Aime.
Fargo é interessante, não digo o contrário. Vê-se com entusiasmo, bem representado (com Óscar para melhor actriz de Frances McDormand) e relembra a espaços a atmosfera de Twin Peaks na sua violência fria da América profunda. Aliás, a personagem de McDormand parece uma caricatura tributo aos polícias locais da série que eternizou David Lynch. Apesar disso, Fargo não deslumbra, não deixa marcas profundas ou talvez simplesmente não cumpra as expectativas criadas.
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