Nunca me ocorrera que "rapar o cabelo" pudesse ser uma tão triste metáfora da vida de uma pessoa. A "amputação" estética de traços característicos e identificativos da personalidade enquanto fenómeno de normalização do indivíduo perante a sociedade que se pretende a acolhê-lo, sempre me pareceu, na sua génese, idiota. Traição dos princípios, cedência à convenção, abraço do politicamente correcto, o "saber estar", "ganhar juízo"...Tudo coisas que esperam de nós enquanto aguardam à porta da "sociedade", do "mundo do trabalho", já formatados segundo os mais elevados parâmetros da vulgaridade.
E o pior é perceber que tudo isto "ajuda" ou "é preciso" para a normal iniciação enquanto seres respeitáveis em sociedade. As coisas "resultam" assim; começam a funcionar a partir do momento "em que".
I sold out e com isso veio o "sucesso profissional". Animador.
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