Existem vários - e diferentes entre si - conceitos de
férias. Ocorrem-me assim de repente o "
férias-ir-para-a-praia", o "
férias-ir-a-paris-londres-praga-ou-veneza" ou o "
férias ficar em casa a ler livros" (sendo que o meu preferido continua a ser o "
férias ir para aqui").
Condicionado pela condicionante
factor tempo e pela condicionante
os poderes da ilha, optamos por ver ao vivo aquilo que em circunstâncias normais veríamos em casa, de
Carslberg na mão. Sim, desta vez peregrinámos ao ATP 250 do Estoril (que por acaso se joga no complexo de ténis do Jamor, tecnicamente localizado em Oeiras). Para quem este ano veio com a conversa de que este era um quadro mais fraco do que o dos últimos anos apenas porque não vem lá o nome
Roger Federer, pois então vos digo que
não percebeis nada disto e podem fechar este separador do vosso browser. O argumento é tão só este; jogadores mais fortes do quadro:
2008: Federer, Davydenko, Simon, Karlovic
2009: Simon, Davydenko, Ferrer, Nalbandian, Ferrero, Blake
2010: Federer, Montanes
2011: Soderling, Verdasco, Del Potro, Tsonga, Simon, Raonic, Bellucci
Segue então um breve resumo fotobiográfico da nossa visita ao Estoril Open 2011:
Frederico Gil b. Flavio Cipolla 6-3 6-2
O início da partida do melhor jogador português de todos os tempos; o "Cristiano Ronaldo" do ténis português. Ainda que tendo um jogo muito certinho e consistente, o ténis de Frederico Gil é todo um longo bocejo (tão previsível que até conseguimos acertar nos parciais deste jogo na barraquinha de apostas da BetClic). Restou-nos circular pelo recinto exibindo um parvo sorriso de excitação, por breves minutos, por pensar que poderíamos ter ganho um iPad.
Esta é a
Tamira quando eu cheguei...
Aliviados da dormência provocada pelo jogo anterior e acordados por vários irritantes "Vai Gil!" proferidos por inúmeras pessoas loiras (e portanto betas), seguimos para os courts secundários onde jovens tenistas à espera de serem conhecidas iniciavam a sua participação neste belíssimo torneio (onde olhar para qualquer menina da organização nos deixa imediatamente com problemas respiratórios).
...e um pouco depois.
A Tamira acabaria por desistir com uma lesão quando ganhava por 7-5 0-4. Deveríamos ter ficado para a apoiar mas o jogo que acabava de começar no court central exigia o nosso testemunho in loco ("in loco", expressão que não sei se se deve colocar em itálico ou deixar em normal).
Juan Martin Del Potro b. Pedro Sousa 6-2 3-6 6-3
Este foi provavelmente um dos jogos mais difíceis da época para a "Torre de Tandil", tendo inclusivé estado a perder no terceiro set com Pedro Sousa a servir a 40-0 com 2 jogos a favor. Pedro Sousa, o jogador português com mais pinta de sempre (ninguém recebe um serviço a 200 km/h fixo em pé de calções de praia) fez o jogo da vida dele.
A eficaz combinação: cabelo loiro - cara de puto - calções de praia - meia preta - receber serviços assim.
Milos Raonic b. Igor Andreev 6-4 6-4
Há três jogadores on fire neste início de ano de 2011: Novak Djokovic, Juan Martin Del Potro e... Milos Raonic (que neste momento está a jogar pela quinquagésima vez, este ano, contra o Verdasco no ATP 500 de Roma) mas que só irá "explodir" a partir de Roland Garros, quando terminar a temporada de terra batida. Gastão Elias dizia sobre ele que "na minha altura perdia com todos mas já diziam que ia ser um grande jogador".
Para efeitos de informação, não consegui arranjar fotografia do João Lagos (têm
esta aqui, é uma sorte) nem estive com a
Johanna. Mas não podia deixar de deixar o meu agradecimento à João Lagos Team pelos exigentes critérios selecção na escolha das funcionárias do torneio junto das mais numerosas e geneticamente valiosas famílias daquela linha que vai de Carcavelos a Cascais pela Avenida Marginal. São todas uns amores de pessoa.