A tentativa em ver mais que um filme simples é perigosa. Perigosa porque podemos entrar na superlativização de obras modestas ou entrar na lógica de complexificar o que, à partida, no intento do produtor, é bastante simples e literal. Há tempos dizia-me o professor de cinema (ele outra vez), que o papel dos estudiosos era precisamente hiperanalisar intenções, motivos e influências mesmo que eles lá não estivessem. A busca é muitas vezes a de um significado que na realidade não existe na cabeça do autor. Por vezes, como dizia a Adília Lopes (a pergunta do RAP) sobre um dos seus poemas mais conhecidos, as "baratas" são mesmo baratas e os "gatos" são mesmo gatos. Os silêncios podem não ser momentos metafóricos cheios de simbolismos mas apenas simples silêncios. E não sendo isso que acontece na maioria dos filmes da Sofia Coppola, gosto de pensar que assim é.
2011-03-22
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Um comentário:
Ainda não vi, mas gostei do comentário ;)
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