a "edição especial" (no lado direito) está a ser a minha maratona de verão que já quase dura dois meses e em que já acompanhei e me foram descritos centenas de assassínios nos desertos, maquiladoras e lixeiras abandonadas dos bairros de santa teresa. faltam agora cerca de duzentas e cinquenta páginas. o outro vai - muito bonito porque tem o vital moreira na capa, quando em novo - vai-se lendo nos intervalos para refeições, cafés e outras coisas que nos permitem a nós, seres humanos com vinte e três anos que trabalham em hospitais, esquecer por um momento aquilo que realmente somos, "um indivíduo sem importância colectiva; nada mais".
2010-08-24
2010-08-23
"American Splendor" - R.Pulcini & S.S.Berman (2003)
Os sentimentos que nutro por este filme estão ainda pouco definidos. No espaço de tempo que ocorreu desde o início do visionamento do filme até ao final do visionamento do filme, passou-se muita coisa, muito por culpa do falecimento, perda de consciência e convulsões epilépticas deste Asus A8JS que à custou para cima de 1600€ e que agora não valeria mais do que meio-Roberto (que à data da escrita deste post, está à taxa de conversão: 1 Roberto = 800€).
Isto traduziu-se, em tempo real, a cerca de uma semana em que as emoções, acompanhamento narrativo e a variável "estado de espírito" em relação ao filme, se diluiram até concentrações homeopáticas. O que resta, portanto, deste filme é a estranha identificação do espectador com o nível de deprimência da vida da personagem principal (Harvey Pekar), nesta altura em que coiso, sendo que temos em comum o facto de ambos trabalharmos em hospitais e ambos estarmos a maior parte do tempo sentados em frente a uma secretária, com papéis à volta.
Posto isto, o filme não é nada de excepcional, o desempenho de Giamatti também não é nada de excepcional (muito pouco a ver com o 'carácter' do verdadeiro Pekar), e o que interessa aqui acaba por ser o tomar conhecimento da história do American Splendor e do seu criador, Harvey Pekar.
edit - naturalmente que o filme é todo catita, com especial relevo para os artifícios comic com que muitas das cenas são apresentadas.
2010-08-07
No hospital...
Doente internado na ala psiquiátrica pede qualquer coisa à enfermeira
"Cigarros?" - pergunta ela.
Ele abana a cabeça, diz que não.
"- O livro...".
"Qual deles Sr. X? Tem aqui vários..." - responde a enfermeira.
Resposta, à patrão: "Aquilino Ribeiro, número 2".
"Cigarros?" - pergunta ela.
Ele abana a cabeça, diz que não.
"- O livro...".
"Qual deles Sr. X? Tem aqui vários..." - responde a enfermeira.
Resposta, à patrão: "Aquilino Ribeiro, número 2".
2010-08-06
"(500) Days of Summer" - Marc Webb (2009)
Interessante feel good movie com excepção de:
- excesso de declaradas referências indie. (as referências a Belle & Sebastian, Smiths e outros, chegam a ser obscenas);
- filme acabar mal (perdoem-me o spoiler mas a vida não é suposto ser uma merda);
- a Autumn ser bem melhor que a Summer, como dizia um amigo meu.
2010-08-04
o melhor sítio do mundo para a aquisição de produtos de consumo
(de tal forma satisfeito que faço publicidade gratuita, chegando inclusivé a anunciar que dispôe de serviço de entrega gratuita para todo o mundo)
2010-08-03
"Before Sunrise" (1995) e "Before Sunset" (2004) - Richard Linklater
Andar de comboio em Noventa e Cinco.
Shakespeare & Company em Dois Mil e Quatro.
O resto é tudo conversa, como o que em todos os outros Grandes Filmes interessa.
(menos o "Spring, Summer, Autumn, Winter...Spring" em que o que interessa é o sítio onde se está em silêncio. E se for preciso indicar os filmes e as conversas, eu indico.)
gravado ali para os lados de Búðir e Fljótslhíð
Enquanto estou convencido que vou passar férias à Islândia:
Retro Stefson from Inspired By Iceland on Vimeo.
Canção de extrema candura. Reflecte a essência da chamada "pinta" islandesa: jovens-indivíduos-potenciais- personagens-de filme-indie, "wide selection of instruments" e miúdas giras.
O ar de quem está perfeitamente feliz na paisagem que ocupa é mera coincidência. Apesar da potencial homossexualidade de alguns dos elementos (não reprimida, claro está), aquele falseto aos 2:23 é apenas a reacção natural à constatação de que se está no quarto melhor-sítio-do-mundo-para-se-estar.
Retro Stefson from Inspired By Iceland on Vimeo.
A banda com o melhor baixista-criança do mundo é tão boa que pode incluir um gajo que não sabe tocar nada mas que é amigo e portanto não podia ficar de fora: aquele jovem que chega a possuir , por instantes, uma pandeireta na mão direita. Há ali uns restinhos de Mars Volta e o resto são uns putos com raízes angolanas a serem a mais genial campanha pró-imigração dos países nórdicos.
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